segunda-feira, 23 de maio de 2011

BULLYING NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Falar de bullying na Educação Infantil parece tarefa difícil, pois é raro vermos entre as crianças desta idade, discriminação, pelo contrário; das experiencias de inclusão que tivemos em nossa escola , nossas crianças se mostraram solidárias e participativas.Mas lançada a proposta às professoras...Vejam....

EMEB “MARIANA GUEDES TIBAGY”

BULLYING  EDUCAÇÃO INFANTIL

MATERNAL 2 - A
PROFª SILVANA
2011



O QUE É BULLYING?
Bullying é um tipo de comportamento que sempre existiu, e que recentemente foi batizado com um nome. Não existe uma tradução precisa para o português. Refere-se a todo tipo de comportamento agressivo que ocorre sem nenhuma razão aparente.
AGRESSIVIDADE INFANTIL- BULLYING
A agressividade infantil é um assunto bastante amplo e podemos notar suas raízes desde o início das relações das crianças ainda na educação infantil.
Precisamos inicialmente, discernir o que é inerente a determinada faixa etária ou sexo e o que está fora dos padrões esperados pelos mesmos.
Segundo a teoria piagentiana podemos classificar o desenvolvimento cognitivo em diversas etapas. Na educação infantil, passamos basicamente por duas delas: Sensório-motora que vai do nascimento aos dois anos de idade. Nesta fase a criança se utiliza basicamente dos sentidos para conhecer o mundo. Tudo aqui acontece por reflexos e a criança leva tudo à boca; Pré-operatória que vai dos 2 aos 7 anos onde a criança começa a adquirir noções de tempo, espaço. Ainda não há raciocínio lógico e as ações para ela ainda são irreversíveis.
Uma criança que morde o amiguinho até dois anos de idade, não pode ser rotulada como agressiva. Ela ainda não sabe usar a linguagem verbal e a linguagem corporal acaba sendo mais eficiente. A criança nesta fase, é egocêntrica e acredita que o mundo funciona e existe em função dela. Uma das primeiras maneiras de relacionamento é a disputa por objetos ou pela atenção de alguém querido – como a mãe, o pai ou o professor. A intenção da criança, ao morder ou empurrar, é obter o mais rápido possível aquele objeto de desejo, já que não consegue verbalizar com fluência. Esta fase de disputa é natural e quanto menos ansiedade for gerada, mais rápida e tranqüilamente será transposta. É claro que o adulto não deve apenas assumir a postura de observador e sim, interferir quando necessário, evitando que se machuquem, e explicando que a atitude não é correta. Enfim, impondo limites! Porém não devem supervalorizar a agressão, pois as crianças ainda não conseguem entender que estão machucando.
A agressividade pode ser hostil, com a intenção de machucar ou ser cruel com alguém, seja física ou verbalmente. Ou ainda pode aparecer com o intuito de conquistar uma recompensa, sem desejar o mal do outro.
A agressividade aparece ainda em reação a uma frustração. Birras, gritarias e chutes. Comportamento comum, porém necessário ser amenizado até extinguido mais uma vez explicando à criança que não é um comportamento adequado.
Outro aspecto fundamental ao desenvolvimento de comportamento agressivo é o meio ambiente em que a criança está inserida, família, escola e estímulos recebidos por meios de comunicação. Há, lógico ainda, fatores individuais, inatos como sexo e hereditariedade.

É essencial saber discernir quando um comportamento agressivo é passageiro, por motivos temporários, como o nascimento de um irmãozinho, a hospitalização ou perda de um ente querido, ou ainda por mudança de casa ou escola ou se pode ser considerado como um transtorno de conduta, caso em que é necessário um acompanhamento de especialista para auxiliar a sanar o problema. Se não dermos a devida importância nesta fase essas atitudes poderão evoluir de forma prejudicial na adolescência e vida adulta, podendo transformar a criança em agente ou alvo de Bullying.
A diferença de sexo também pode indicar um aspecto da agressividade. Diversas pesquisas apontam para uma capacidade precoce das meninas, em relação aos meninos para adaptarem-se em grupo e socializarem-se com maior facilidade. Meninos tendem a apresentar mais problemas para adaptação social.
Por volta dos três anos, as crianças já acrescentaram milhares de palavras ao seu vocabulário e começam a descobrir o prazer em brincar com o outro e se comunicar. O egocentrismo começa a sair de cena e começa a socialização. Nesta fase, o comportamento agressivo intencional, ainda aparece esporadicamente e via de regra, não apresentam uma continuidade. Já aos quatro, cinco e seis anos identificamos alguns comportamentos de discriminação que podem ter repetidamente o mesmo alvo. Aparecem os conflitos, “panelinhas”, provocações e humilhações. É aqui que pais e educadores devem estar atentos para poder inibir esse comportamento antes que ele se instale e seja mais difícil de eliminá-lo.
Um caso típico, citado em artigo de Antônio Gois e Armando Pereira Filho para a Folha de São Paulo, é o de um menino de 4 anos que era tímido e falava pouco. Os coleguinhas e a própria professora “brincavam” dizendo que ele havia perdido a língua. Isso causou um bloqueio na fala e desenvolvimento da linguagem da criança.
Precisamos também diferenciar as vivências que a criança tem na família e as que tem na escola, onde ocorrem geralmente os comportamentos agressivos. Em casa, via de regra, a criança é sempre querida, amada e compreendida, o que não acontece no convívio social onde precisa conquistar os amigos e inserir-se no grupo.
Muitas crianças recebem apelidos relacionados a aspectos físicos e desempenho (gordinho, vara pau, zarolho, burro, chato, etc). Aqui o papel do professor é essencial ao identificar e trabalhar com esses aspectos evitando que se repitam. A dramatização é uma ferramenta excepcional para fazer com que as crianças vivenciem papéis. Essencial ainda é discutir sempre as experiências depois de dramatizadas. Criar regras elaboradas em conjunto também é uma ferramenta eficiente. Quando as próprias crianças criam as regras elas ganham um significado maior e têm um grande impacto nas ações. Deve-se também trabalhar valores morais éticos como solidariedade, compartilhamento, cooperação, amizade, reciprocidade dentre outros. Se o professor cria um ambiente com atividades prazerosas durante todo o período de aula, a probabilidade de que comportamentos agressivos surjam é muito menor.
Lembre-se: a agressividade só deve ser tratada como um desvio de conduta quando ela aparecer por um longo período de tempo e também se não estiverem ocorrendo fatos transitórios que possam estar causando os comportamentos agressivos.



É preciso observar, tirados aspectos transitórios, se a criança:
• Sempre teve, por parte da família a realização de todas as suas vontades, fato cada dia mais comum, quando ambos pais trabalham fora e sentem-se culpados por ter pouco tempo disponível para o filho e acabam “tentando” suprir esta lacuna com permissividade excessiva, sem impor limites.
• É muito exigida e pouco elogiada. A criança acaba perdendo parâmetros, pois mesmo fazendo o máximo para acertar, ainda é pouco para o grau de exigência dos pais ou professores.
• Tem dificuldades em relacionar-se com outras crianças, mantendo-se afastada do grupo. Foi vítima de alguma agressão ou abuso sério.
A personalidade da criança forma-se até os seis anos de idade e por isso, toda experiência e sua qualidade vividas nessa fase é de fundamental importância. Por mais que, às vezes, possa parecer ineficaz, elogio, afeto, prazer e compreensão tem resultados muito mais rápidos e menos estressantes do que bronca, castigo, sofrimento e indiferença.
É muito importante detectar e combater o comportamento agressivo ainda na primeira infância, pois quando criança não encontra obstáculos ou alguém que a alerte mostrando que não é um comportamento adequado, ela percebe que consegue liderar e tirar proveito destas situações e no futuro certamente tornar-se-á um agente do bullying e muito provavelmente um adulto violento.









O LIVRO TRABALHADO NO CARTAZ FOI “UM MUNDINHO PARA TODOS”










1ª ATIVIDADE : SOMOS TODOS IGUAIS?
OBJETIVO :DESFAZER PRECONCEITOS, GANHAR AUTO-ESTIMA E ACEITAR A DIVERSIDADE FÍSICA.
EM RODA , EM FRENTE AO ESPELHO ,AO SE OLHAR E OLHAR OS AMIGOS RESPONDER:
_ COMO VOCÊ É? (TAMANHO, COR, OLHOS,CABELOS,BOCA E TODOS OS DETALHES QUE SE DESTAQUEM PARA AS CRIANÇAS)
_E SEU AMIGO COMO É?( CADA UM ESCOLHE UM AMIGO PARA TIRAR FOTO JUNTOS E DESCREVE-LO )





ALGUNS DEMONSTRARAM RESISTÊNCIA , MAS COM INTERVENÇÃO, AOS POUCOS FORAM SE OBSERVANDO NO ESPELHO E NO FINAL TODOS PARTICIPARAM!



2ª ATIVIDADE : NO MUNDO TEM MUITAS PESSOAS DIFERENTES!
OBJETIVO: IDENTIFICAR A DIVERSIDADE CULTURAL.
RECORTE DE DIFERENTES PESSOAS





CLASSIFICAMOS EM : CRIANÇAS / JOVENS E ADULTOS / IDOSOS



RODA DE CONVERSA : FAMÍLIA/ ESCOLA ( IDENTIFICAÇÃO DE GRAU DE PARENTESCO E IDENTIFICAÇÃO DAS PESSOAS QUE TRABALHAM NA ESCOLA )




3ª ATIVIDADE : QUE GOSTAM DE COISAS DIFERENTES!
OBJETIVO: PROMOVER INTEGRAÇÃO DO GRUPO.
RODA DE CONVERSA : DO QUE VOCÊ GOSTA?/DO QUE VOCÊ NÃO GOSTA?
(RECORTE E COLAGEM DE OBJETOS SEPARANDO EM TRÊS GRUPOS DESTACANDO O GOSTO DE CADA UM E AS FIGURAS QUE PODERÃO SER ENCONTRADAS POR ELES)

A MARIA EDUARDA ADORA TROCAR DE ROUPA TODOS GOSTAM DE MASSA DE MODELAR



TODOS
O JOÃO VITOR GOSTA DE FUTEBOL
TODOS AJUDARAM A FAZER O CARTAZ
CADA UM PODE GOSTAR DE UMA COISA DIFERENTE , MAS TAMBÉM TODOS PODEM SER AMIGOS!



4ª ATIVIDADE : O MUNDINHO!
OBJETIVO: ASSUMIR PEQUENAS RESPONSABILIDADES CONSIDERANDO AS NECESSIDADES PESSOAIS E DO OUTRO, DENTRO DE REGRAS E LIMITES VALORIZADOS PARA UMA CONVIVÊNCIA SAUDÁVEL.
(MONTAGEM COM FIGURAS DE PESSOAS E COISAS QUE VOCÊ GOSTA E QUE TAMBÉM VIVEM NESTE MUNDINHO)





TODAS ESSAS PESSOAS
VIVEM E DIVIDEM
ESTE MUNDINHO!

POR ISSO DEVEMOS RESPEITAR
E
VIVER EM PAZ!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Template by Rosângela Coelho - Só Templates